quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Design do plantio época da chuva Ano 2009

Consórcios:


I)1ª linha: abacaxi, feijão de porco, mandioca.
2ª linha: gariroba.
Berços de semente: árvores (pitanga, ingá, pequi, jaca, cagaita, baru, manga, jabuticaba, caju), pioneiras (mamona, guandu, margaridão, feijão de porco, feijão bravo, crotalária nativa).



II) Berços adubado: bananas, milho, feijão, mamão, abóbora e jussara.
2ª linha adubada: cana, tomate e milho.
3ª linha suscecional: margaridão, guadu, mucuna, piteira, sisal, fava, amora, feijão de porco, feijão e árvores.

III) Canteiros com berços.
Berços: banana, inhame, cará, tomate, abóbora, fava, milho, amora, mudas de árvores, feijão e fava peruanos.
Entre berços: coquetel de sementes (baru, cagaita, jabuticaba... ), guandu, mandioca,
Bordas: cana, margardão, piteira, sisal.

Gastos com a chácara época da chuva Ano 2009

Gastos com a chácara

Semente: R$150,00 guariroba 7.500 sementes R$50,00 coquetel de sementes 1 KG (Guatambu, Copaíba, Pau Jacaré, Jatobá, Jacarandá de Espinho, Quaresmeira, Angico)

Mudas: R$90,00 45 mudas de espécies nativas do cerrado(Jenipapo, Baru, Ingá, Mangaba, Mama Cadela, Buriti, Araticum, ) R$150,00 300 mudas de abacaxi R$219,70 mudas frutíferas (manga, mexerica,limão,laranja, carambola, romã, tamarindo, Jamelão) R$ Mudas frutíferas (côco, )

Adubo: R$220,00

Ferramentas: tesoura de poda, facão, estrovenga, enxada, enxadão

Gasolina: R$300,00

Mão de obra: R$450,00

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Projeto de Educação Ambiental no Núcleo Rural da Chácara

Felipe: Eu e mais dois colegas, Thiago Borges e Vinicius Assis do curso de engenharia ambiental da Universidade Católica de Brasília realizamos um projeto de educação ambiental voltado para o planejamento de uso e ocupação do solo com agrofloresta na comunidade do núcleo rural onde fica a chácara que localiza-se em uma região de APA (Área de Proteção Ambiental).

Em um levantamento feito pelo grupo foi verificado que a maior parte dos proprietários estavam envolvidos com atividades de agricultura e criação de animais como forma de subsistência, mas que apenas alguns comercializavam seus produtos. Foram identificadas práticas danosas às áreas de relevante interesse ecológico como o uso de agrotóxicos, a criação de animais perto de cursos d’água, o uso do fogo para plantio e renovação de pasto, caça, entre outros.

Assim o trabalho se desenvolveu com os objetivos de levar à comunidade:
• Conhecimentos básicos sobre meio ambiente: funcionamento do ciclo hidrológico,
erosão, lixiviação de nutrientes e agrotóxicos, uso do fogo e outros impactos
causado pela atividade agropecuária .
• Noções sobre leis ambientais relacionadas a unidades de conservação, áreas de
APP, reserva legal e pagamentos por serviços ambientais.
• Princípios básicos de permacultura;
• Teoria e práticas básicas de implantação de sistemas agroflorestais.
• Os benefícios do trabalho coletivo entre os participantes, e incentivá-los a
promover mutirões nas propriedades para a implantação de sistemas
agroflorestais.

Para alcançar tais objetivos foram realizadas duas palestras, com duração de quatro horas cada, na sede da associação da comunidade. Seguem os temas abordados:
Palestra 1:
• Princípios ambientais básicos;
• legislação ambiental.
Palestra 2:
• Permacultura;
• sistemas agroflorestais para recuperação de áreas de APP, estabelecimento de
reserva legal e fonte de produção agrícola.



Os participantes também foram levados à vitrine de tecnologias da Embrapa Sede, em Brasília DF, para uma visita técnica de quatro horas aonde foram apresentados quatro módulos de Agrofloresta sendo um de 9 anos, um de 5, um de 3 e um de 2 e ministrado o curso teórico de implantação de sistemas agroflorestais.

Das nove famílias nas quais foram aplicados os questionários de levantamento de necessidade de treinamento, compareceram representantes de seis delas durante as palestras e três durante a visita técnica. Durante as palestras, os participantes se mostraram interessados e se envolveram na construção do conhecimento durante debates. Os temas foram desenvolvidos conforme o esperado atendendo às demandas que foram levantas pela pesquisa de campo.

Durante a visita técnica foi possível mostrar para os participantes sistemas agroflorestais bem desenvolvidos onde eles puderam perceber como funcionam todos os mecanismos de sistemas agroflorestais como, crescimento suscessional, estratificação, produção de alimentos, biodiversificação, manejo, entre outros.

Logo após o treinamento, mutirões foram organizados pelos agricultores para implantação de SAF’s em dois sítios da região. Os mutirões continuarão sendo realizados ao longo do período de chuvas com o objetivo de expandir os sistemas já implantados.

Fim da época da seca Ano de 2009

Este ano sofremos o efeito do fenômeno La Niña que trouxe chuvas fora de época, a vegetação sofreu menos, mas a coleta de sementes foi ligeiramente prejudicada.

ERROS: não ter plantado durante esse período.
ACERTOS: coleta de sementes de pluma (pau balsa e paineira) durante dias secos e ensolarados.

Percebemos que não só nós enfrentávamos problemas ambientais, nossos vizinhos também tinham interesse em diminuir seus impactos ambientais, só não sabiam como. Por isso, reunimos a comunidade local e realizamos palestras e oficinas sobre o uso e ocupação do solo com agrofloresta e sobre práticas mitigadoras do impacto ambiental das atividades realizadas pela comunidade. Também aproveitamos para plantas as primeiras linhas de sementes da agrofloresta.

ERROS: afofar pouco a terra, não corrigir o solo ou colocar adubo orgânico.
ACERTOS: envolver a comunidade com o ideal de conservação ambiental, geramos colaboração para mutirões e para compra em conjunto de sementes e mudas. Plantio de sementes que vão durar no chão e brotar quando chegar as chuvas.

Meio da época da seca Ano de 2009

A chácara pegou fogo e foi uma imagem devastadora, campos e mais campos de pura cinza...

ERROS: não roçamos o terreno, nem 2m depois da cerca no lado do vizinho (aceiro), o caseiro não estava na chácara para apagar o fogo.
LADO POSITIVO: um mês após o fogo, a vegetação já havia se restabelecido, a natureza é extremamente efetiva em proteger o solo.

Início da época da seca Ano de 2009

Começo da coleta de sementes e cultivo de mudas.

ERROS: sementes coletadas e não acondicionadas propriamente, sementes que devem ser semeadas logo após retiradas do fruto, sementes que não podem ficar no fruto.
ACERTOS: coletar sementes, descobrir as espécies depois.